Ford investe em conectividade para atrair mais compradores e anuncia APP na Campus Party

Ford quer se firmar entre as fabricantes de veículos que mais investem em inovação e conectividade. Um dos indícios desta estratégia é a participação da companhia na Campus Party, evento voltado ao mundo digital que acontece em São Paulo (SP) e deve receber mais de 8 mil visitantes até 2 de fevereiro. 

Além de ter um estande na mostra, a Ford aproveitou o tema do evento para anunciar que lançará um carro equipado com AppLink no Brasil ainda este ano. Integrado Sync, sistema de conectividade da marca, o dispositivo permite ao condutor comandar aplicativos do smartphone. A ideia é semelhante à do MyLink, da Chevrolet, porém o sistema da Ford funciona com comando de voz. 

“Este é o primeiro sistema do gênero a dispensar que o motorista utilize as mãos para indicar os comandos”, garante Rogélio Golfarb, vice-presidente da operação brasileira da companhia. Dessa forma, o condutor fica conectado sem tirar os olhos da estrada. 

O executivo não declarou em qual carro chegará a novidade. Apesar disso, é provável que ele faça a sua estreia no mais importante lançamento da Ford para o Brasil este ano: o novo Ka. Na primeira apresentação do modelo, a fabricante apontou que ele será equipado com tecnologia completa de conectividade. 

A Ford aproveitou o anúncio para provocar os brasileiros que têm interesse em desenvolver aplicativos para o sistema. A organização apresentou um endereço virtual para receber essas novas ideias: developer.ford.com. Os aplicativos inscritos poderão ser validados pela companhia e utilizados globalmente. Atualmente cerca de 70 deles estão disponíveis para o AppLink. Nenhum é brasileiro. 

Golfarb apontou que o consumidor nacional é um dos que mais demandam dispositivos de conectividade. “Nossa visão é de que a Ford é uma empresa automotiva e de tecnologia. É assim que estamos trabalhando”, aponta. A aposta em dispositivos como o Sync e o AppLink é sustentada por dados da organização que mostram que o mundo consumiu 1 bilhão de smartphones em 2013. Enquanto isso, as vendas de veículos somaram cerca de 83 milhões de unidades.

Segundo a empresa, 75% dos usuários de smartphones consideram importante poder conectá-lo ao automóvel. “Os aplicativos de celular mudaram a expectativa do consumidor para sempre”, determina Scott Burnell, responsável global por novos negócios em aplicativos da Ford. O executivo aponta que as pessoas passam, em média, 18 horas diárias acessando estes dispositivos.

Segundo ele, assim como a montadora aproveita o trabalho do time brasileiro de engenharia para desenvolver carros globais, o objetivo é valorizar a criatividade dos programadores do País na criação de aplicativos que serão usados globalmente. “Este é o caminho para a Ford. Quando abrimos o desenvolvimento, as pessoas fazem o que elas gostariam de ter no carro. Podemos conhecer os consumidores pelos aplicativos que eles baixam”, pondera Golfarb. 

MERCADO 

A democratização da tecnologia é um dos pilares da empresa para fortalecer sua atuação no Brasil nos próximos anos. Essa filosofia será acompanhada ainda pela globalização dos produtos e pela aposta em qualidade e fidelização dos clientes. “Nós não nos guiamos por um objetivo de participação de mercado. Seguiremos essa estratégia e o ganho de market share será consequência”, avalia Golfarb.

Segundo ele, o objetivo é manter a saúde financeira. O executivo acredita que os negócios no setor automotivo sofreram deterioração nos últimos anos. Por um lado há grande pressão por aumento de custos de produção, por outro, há baixa aceitação do aumento de preços dos carros pelo consumidor. 

Ao avaliar o mercado total, Golfarb espera leve crescimento para 2014, de 1,1%, alinhado com a projeção da Anfavea. Segundo ele, janeiro teve desempenho superior puxado por feirões e campanhas de marketing das montadoras para veículos com o IPI de 2013. Até 27 de janeiro os emplacamentos avançaram 2% sobre o mesmo mês de 2013, para 259,1 mil unidades. Na comparação com dezembro há queda de 23,4%.

Revelado os detalhes do novo Polo europeu

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O novo Polo foi apresentado na Europa pela Volkswagen mostrou na Europa e ficou nítido que o carro mudará externamente, internamente e terá motores mais eficientes. O novo Polo será vendido na Europa a partir do meio do ano. 

Na nova geração, todo Polo trará sistema de frenagem automática pós-impacto como forma de reduzir a possibilidade ou as consequências de uma segunda colisão com o carro fora de controle. Entre outrasas mudanças, ele traz recursos adotados na geração mais atual do Golf. 

A lista de opcionais incluirá assistente a frenagens de emergência e controlador automático de velocidade. Uma suspensão ajustável em dois níveis pelo uso de amortecedores eletrônicos será outro item cobrado à parte. A tela sensível ao toque permite movimentos como os de smartphones para “mudanças de página” e o sistema de infoentretenimento modular adotado no Golf foi estendido ao Polo

De acordo com a Volkswagen, os motores estão até 21% mais eficientes. Dois deles são 1.0 de três cilindros e produzem entre 60 e 75 cv de potência. Há também duas unidades 1.2 de quatro cilindros, que produzem 90 ou 110 cv. Como na versão anterior há uma opção 1.4 TSI, mas agora com 150 cv (10 cv a mais). No Reino Unido, o Polo BlueMotion a diesel deve ser substituído por outro a gasolina, capaz de rodar 24,4 km/l em uso misto (cidade-estrada). Ele utiliza um novo motor 1.0 de três cilindros e 90 cv. 

Duas opções turbodiesel, ambas 1.4, farão parte da nova lista. Produzem 75 ou 90 cv. O quadro de instrumentos e o volante foram redesenhados. O console central recebeu novos controles de aquecimento e ventilação.

No Brasil, o Polo deixará de ser produzido até o fim do ano. O carro é montado em São Bernardo do Campo (SP). Apesar de bem resolvido, é pequeno e tem preço alto quando comparado a modelos mais atuais. Um Polo hatch parte de R$ 49.150 e um sedã, de R$ 51.990.

Conheça o C-MAX, híbrido a energia solar da FORD

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O C-MAX é um carro híbrido plug-in fabricado pela FORD, que utiliza energia solar e não depende da rede elétrica ou de combustível para carregar a bateria. O veículo foi desenvolvido em parceria com a SunPower e o Instituto de Tecnologia da Georgia e será apresentado na CES, a maior feira de tecnologia do mundo, em Las Vegas.

De acordo com a Ford, o C-MAX Energi tem o menor consumo combinado de combustível da categoria, equivalente a 42,5 km/l (46 km/l na cidade e 39 km/l na estrada). Por usar energia renovável, ele também reduz em cerca de quatro toneladas por ano as emissões de gases de efeito estufa. 

A Ford informa que, com uma carga completa, o Ford C-MAX Solar Energi Concept deve oferecer a mesma autonomia total de um C-MAX Energi convencional, de até 1.000 km, incluindo 33,8 km somente no modo elétrico. Além disso, o veículo conta com cabo de conexão para recarga em estação elétrica, se o usuário desejar. 

A ideia do projeto para ganhar eficiência é aproveitar a energia do Sol usando um concentrador especial que atua como lente de aumento, direcionando os raios para os painéis solares no teto do veículo. O resultado é um veículo que, com um dia inteiro de sol, entrega o mesmo desempenho do híbrido plug-in C-MAX Energi convencional, abastecido na rede elétrica. 

A SunPower, parceira da Ford na área de tecnologia solar desde 2011, fornece as células solares de alta eficiência do Ford C-MAX Solar Energi Concept. Para encurtar o tempo de recarga total do veículo e viabilizar o seu uso diário, a Ford recorreu ao Instituto de Tecnologia da Georgia para desenvolver a forma de amplificar a luz do Sol. Os pesquisadores criaram o concentrador solar com uma lente Fresnel especial, que dirige a luz para as células solares e amplia oito vezes o seu impacto.